A geração Z representará 27% da força de trabalho global até 2025, segundo o estudo publicado na SMETAL. Um valor considerável que tende a aumentar exponencialmente nos próximos anos. Assim, simboliza um grande desafio para as empresas, especialmente para as lideranças que ainda não sabem como acolher e se adaptar a essa faixa etária.
As transformações e evoluções tecnológicas causam mudanças geracionais cada vez mais intensas e rápidas. Ficar integrado a elas é essencial para o sucesso de um negócio, e o RH possui um papel fundamental nessa busca.
No artigo de hoje você aprenderá como tornar a vivência dos Gen Z algo mais simples e natural no ambiente corporativo. Confira!
Geração Z: o que é e quais suas principais características?
Especialistas divergem sobre a data exata que marca o nascimento dos indivíduos que se encaixam dentro da geração Z. Porém, é seguro pensar que eles partem de um período próximo entre 1995 e 2010. Ou seja, são profissionais que estão chegando aos 30 anos no presente, sendo uma parcela jovem do mercado de trabalho.
Esses colaboradores cresceram em um cenário hiperconectado, sendo vistos como a primeira geração verdadeiramente globalizada da humanidade. Durante seu crescimento houve uma rápida evolução tecnológica, com o surgimento de ferramentas como a internet, computadores portáteis e celulares que aproximaram o mundo da palma das mãos.
Esse cenário fez com que a geração Z seja mais consciente sobre determinadas pautas, se preocupando com questões como diversidade, cenário político e sustentabilidade. Além disso, são profissionais que priorizam o cuidado com a saúde mental, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e buscam propósito em suas carreiras.
O sucesso para a geração Z vai além da remuneração recebida. São indivíduos que desejam ter afinidade com suas profissões, conseguir manter um estilo de vida mais saudável e não aceitam facilmente permanecer em empresas antiéticas ou autoritárias, simpatizantes do excesso de trabalho ou que não se preocupam com questões sociais.
Além disso, a Gen Z não possui mais o mesmo apego a permanecer em uma empresa ou posição que as gerações anteriores possuíam. Algo que, para negócios que não estão adaptados a ela, potencializa problemas como o turnover, absenteísmo e presenteísmo.
Segundo um estudo realizado pelo Ecossistema Great People & GPTW, que gerou o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, 68,1% do mercado de trabalho ainda possui dificuldades em lidar com a geração Z. Uma diferença bastante considerável se comparado ao segundo lugar, os Baby Boomers, com apenas 11,4%. Ou seja, aprender a acolher essa geração é emergencial!
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Como integrar a geração Z no ambiente de trabalho?
Integrar novas gerações ao ambiente de trabalho é algo que sempre traz desafios. Por isso, não é surpreendente que as empresas tenham dificuldade em acolher a geração Z.
Para conseguir isso é fundamental compreender quais são as necessidades desses profissionais e sua forma de pensar. Algumas de suas características são:
Valorização da saúde mental
Durante a pandemia da Covid-19, uma das gerações que mais sentiu os impactos da saúde mental e psicológica foi justamente a geração Z. Isso se deve a uma série de fatores, entre eles o fato dos Baby Boomers já terem passado por experiências e crises que facilitaram seu entendimento e superação de determinadas situações.
Com isso, o movimento da priorização ao autocuidado que já era comum vem se intensificando entre os indivíduos dessa faixa etária. Algo que torna a inserção de projetos de bem-estar e culturas que valorizam o cuidado com a saúde mental uma prioridade máxima dentro dos negócios.
Integração de uma cultura de feedback
Uma das características principais da geração Z é sua busca por desenvolvimento e orientação. São profissionais que valorizam e desejam uma cultura de feedback contínuo, que os ajude a compreender quais são seus pontos fortes e fracos, métodos de evoluir e como crescer profissionalmente de forma clara e rápida.
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Valorização e reconhecimento
Outro ponto bastante forte dos Gen Z é sua preocupação em se sentir pertencente, valorizado e reconhecido dentro do ambiente profissional. São colaboradores que valorizam a conexão, visando um propósito em suas trajetórias que englobem também uma vivência social. Porém, ainda desejam ser vistos por suas conquistas e sentirem que seus empregadores os recompensam por isso.
Flexibilização de horários e modelos de trabalho
Segundo um estudo realizado pela Deloitte, 76% da geração Z deixaria uma empresa caso seu trabalho deixasse de ser home office. Valor que aumenta para 77% entre os millennials, geração anterior. A flexibilidade nos horários e modelos de trabalho se tornou uma das principais prioridades dos mais jovens, que já não se sentem confortáveis em trabalhos 100% presenciais.
A metodologia atual tem sido focar na produtividade e resultados, ao invés de horários e regras como foi até pouco tempo. Modelos que seguem as 8 horas diárias ininterruptas, em escritório presencial e sob o comando de lideranças conservadoras já não conseguem reter novos talentos. Por isso, é fundamental compreender as mudanças e se adaptar a elas.
Os desafios de liderar a Gen Z
Em 2023, a plataforma de currículos americana Resume Builder realizou uma pesquisa que informou que 74% das lideranças possuem dificuldade em lidar com a geração Z. Um número alarmante que demonstra o despreparo dos gestores em receber, lidar e manter os novos talentos do mercado.
Independente de qual seja a faixa etária dessas lideranças, é essencial que elas sejam treinadas para compreender como auxiliar diferentes gerações. Ou seja, equilibrar as necessidades e características tanto daqueles que possuem uma extensa carreira quanto dos que estão dando seus primeiros passos no mercado de trabalho.
Afinal, a diversidade geracional é extremamente benéfica para as empresas. Com ela é possível potencializar a inovação, criatividade, produtividade, entre vários outros aspectos. No entanto, para conseguir isso é preciso que o setor de RH e as lideranças passem por treinamentos contínuos sobre como lidar com equipes multi-geracionais.
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