A ginástica laboral é uma prática com décadas de história, sendo essencial para garantir o bem-estar dos colaboradores. Sua inserção na rotina profissional auxilia na prevenção de acidentes, doenças ocupacionais e problemas de saúde, além de aumentar a concentração, produtividade e motivação dos profissionais.
Se você busca formas de melhorar a saúde dos seus colaboradores e, através disso, aumentar os resultados da empresa, a ginástica laboral é essencial!
Aprenda neste artigo detalhes sobre o que é, sua importância e principais modalidades. Confira!
O que é ginástica laboral?
A ginástica laboral é um conjunto de exercícios realizados no ambiente de trabalho durante o expediente que visa melhorar a qualidade de vida e saúde dos profissionais. Sua duração costuma ser curta, variando entre 10 a 20 minutos, e é baseada em alongamento, respiração e correção da postura.
Com essa prática é possível evitar, ou suavizar, o surgimento de dores e lesões e evitar doenças ocupacionais. Além disso, a ginástica laboral também influencia a produtividade, concentração, cansaço físico e mental, entre outros elementos essenciais para a rotina profissional.
Os exercícios são feitos de forma coletiva e devem ser orientados por um profissional de educação física ou fisioterapia. Eles podem acontecer tanto na área onde os trabalhadores costumam ficar, quanto em um local específico da empresa. Seu objetivo é melhorar a saúde física e mental dos colaboradores, e deve ser adaptado para a realidade e necessidade de cada rotina.
Qual a importância da ginástica laboral para a rotina?
A ginástica laboral é essencial para o bem-estar dos trabalhadores, auxiliando em diversos aspectos da rotina e saúde. Segundo um estudo realizado pela Universidade de Lisboa, o uso dessa ferramenta gera um excelente retorno aos negócios ao ajudar os colaboradores a desempenharem melhor suas atividades.
Entre os seus benefícios para o corpo está a capacidade de melhorar o sistema respiratório, cardíaco e esquelético. A ginástica laboral também auxilia na redução do esgotamento e fadiga ao final do expediente, aumenta a disposição, concentração, sensação de pertencimento e felicidade.
Conforme um estudo feito pela Universidade de Oxford, profissionais mais satisfeitos e felizes conseguem ser até 13% mais produtivos. Em contrapartida, dados compartilhados pelo Monitor Mercantil informam que a improdutividade originada de problemas como o absenteísmo, um dos obstáculos minimizados através da ginástica laboral, pode levar a perdas de 230 mil reais ao ano.
Outro estudo, esse realizado pela Universidade de Santa Cruz do Sul, informa que programas que auxiliam no condicionamento físico dos profissionais são fundamentais para evitar problemas de saúde.
Entre as doenças ocupacionais que a ginástica laboral mais auxilia na prevenção está a LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo), ansiedade, estresse e depressão. Essa prática também pode estimular a prática de exercícios fora do ambiente profissional e combater o sedentarismo.
Algo excelente, especialmente ao considerar que, segundo informações da Veja, questões como o sedentarismo no ambiente profissional acaba gerando um custo de até 220 milhões de reais por ano para a economia global.
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Tipos de ginástica laboral
Dentro da ginástica laboral existem algumas modalidades principais. Conhecer todas elas, e entender qual ou quais se enquadram na rotina de determinada equipe é essencial para conseguir maximizar o bem-estar dos colaboradores com essa prática. Saiba mais sobre elas a seguir.
Ginástica de relaxamento
Normalmente feita ao final do expediente, a ginástica de relaxamento visa auxiliar na diminuição de problemas como o estresse. Os seus exercícios buscam oxigenar as estruturas musculares mais utilizadas durante as atividades cotidianas.
Algo que auxilia na desaceleração do ritmo de trabalho, minimiza o esgotamento ao final da jornada e traz a sensação de bem-estar e vigor. Também podem ser utilizados exercícios de respiração, meditação e até mesmo massagens relaxantes.
Ginástica preventiva
A ginástica preventiva atua de duas formas: com exercícios aeróbicos e os anaeróbicos. Seu papel é prevenir problemas relacionados a tarefas realizadas pela sua função profissional que podem surgir. Para isso, a busca é melhorar a resistência, condicionamento físico, coordenação e flexibilidade.
Isso é feito com exercícios que estimulam a resistência respiratória e cardiovascular, aumentando a capacidade de transportar energia e oxigênio no corpo. É também uma ginástica laboral capaz de queimar uma quantidade considerável de calorias.
Ginástica compensatória
Dentre as modalidades utilizadas, a ginástica compensatória é uma das mais recomendadas para evitar desconforto, dores e lesões relacionadas a partes do corpo que ficam negligenciadas ou são desgastadas durante o dia. Normalmente, os profissionais fazem em uma pausa ou ao final da jornada de trabalho, e seus exercícios têm como foco minimizar o esforço repetitivo e os danos oriundos da má postura.
Quando feita durante o expediente, também consegue aumentar a disposição para o restante do dia. A ginástica compensatória é essencial para reparar os músculos e evitar problemas como LER/DORT. Seus movimentos costumam se basear em alongamentos, técnicas de respiração e postura.
Ginástica corretiva
A ginástica corretiva é semelhante à compensatória, focada em diminuir problemas causados por posturas incorretas e atenuar problemas articulares. No entanto, ela também serve para equilibrar efeitos negativos que surgem como consequência de determinadas atividades inerentes à função.
Por exemplo, um profissional que precisa carregar peso durante o dia pode acabar forçando alguns músculos do braço, mas outros ficam inertes e não tem muitos cuidados. A ginástica corretiva busca exercitar os músculos para balancear o desgaste sobre o corpo e evitar dores e lesões.
É também bastante utilizada em trabalhadores que ficam longas horas sentados. Trabalho em escritório, especialmente em ambientes onde a ergonomia não é a ideal, exigem um cuidado maior, pois geram grandes desconfortos físicos nos colaboradores.
Ginástica preparatória
Também conhecida como prática de ativação, a ginástica preparatória é realizada no início da jornada de trabalho. Seu objetivo é alongar e preparar os músculos que serão utilizados no decorrer do dia para as tarefas. Para isso, os movimentos buscam aumentar a circulação sanguínea, algo que, entre outros itens, tem como consequência o aumento na concentração e disposição.
O nome “prática de ativação” se dá pois ela consegue acelerar os batimentos cardíacos, aquece os músculos e, com isso, ajuda a produzir mais energia. A ginástica preparatória também é capaz de auxiliar na coordenação, resistência e flexibilidade.
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Como a ginástica laboral surgiu?
Primeiro, seu nome vem de labor, palavra em inglês que significa trabalho, e segundo o Conselho de Educação Física é uma técnica com raízes na “Ginástica de Pausa” criada na Polônia em 1935. Assim, ela nasceu como uma prática realizada durante as pausas de trabalhadores europeus com a função ajudar no relaxamento e no fortalecimento físico.
Em 1928, o Japão adotou algo parecido, uma prática chamada de Rádio Taissô. Seu significado é “ginástica pelo rádio” e nela eram feitas instruções com esse aparelho em empresas e escolas para que estudantes e trabalhadores fizessem exercícios guiados.
Mais tarde, em 1960, houve a consolidação da ginástica laboral no Japão. Isso fez com que sua prática se tornasse obrigatória como uma forma de ajudar a evitar acidentes durante o trabalho e como uma técnica para aumentar a produtividade.
Já em 1968 a ginástica laboral chegou aos Estados Unidos com a criação do International Management Review. Essa iniciativa acabou se tornando um dos pilares para as avaliações feitas visando a saúde dos profissionais.
Após, em 1969, a Fundação Ishibrás passou a inserir a ginástica laboral no Brasil. A inspiração para essa ação foi o método francês e sueco, e passou a fazer parte da rotina de 2.500 trabalhadores. Eles realizavam os exercícios antes do horário de trabalho, com foco no aumento da disposição e para melhorar o condicionamento físico dos profissionais.
Em 1978 empresas de origem japonesa instaladas em solo nacional ajudaram a criar a Associação de Rádio Taissô no Brasil. A partir disso, em 1990, a ginástica laboral passou a se popularizar no país.
Foi a partir desse momento que as empresas começaram a contratar profissionais de Educação Física para conduzir as práticas.
Sua consolidação aumentou em 2007, quando foi criada a ABGL, a Associação Brasileira de Ginástica Laboral. Uma organização que tem como objetivo fomentar a popularização de práticas e debates visando a saúde física e psicológica no ambiente profissional.
Quem pode praticar a ginástica laboral?
Portanto, a aplicação da ginástica laboral é recomendada a todos os colaboradores, independentemente de qual seja sua idade, função ou setor. Ela se torna ainda mais essencial para aqueles que executam tarefas com alto esforço mental e físico, fazem movimentos repetitivos ou acabam realizando tarefas que os levam a posturas não ergonômicas ou incorretas.
Também é essencial àqueles que não realizam muitos movimentos durante a jornada de trabalho, ou que acabam se movimentando de forma intensa ou carregando muito peso. Ou seja, são várias as circunstâncias em que a ginástica laboral é essencial para garantir o bem-estar dos colaboradores.
Então, conheça ainda mais sobre cada modalidade e inclua aquelas que fazem sentido para a sua empresa na rotina profissional!
Até o próximo artigo!