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Employer Live | Gestão de conflitos geracionais no ambiente corporativo

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A edição de junho da Employer Live, que aconteceu na última terça-feira (17/06), abordou um tema crucial no cenário corporativo atual: a gestão de conflitos geracionais no ambiente de trabalho.

Para debater o assunto, o evento contou com a participação de Fabiana de Fatima Nunes, Gerente de RH na LENVIE e Especialista em Comunicação Não Violenta, e Gisele Luz, Especialista em Desenvolvimento Humano e Mentora de Carreira e Liderança.

O cenário atual: quatro gerações no mercado de trabalho

Fabiana iniciou a discussão destacando que, atualmente, convivem pelo menos quatro gerações no ambiente de trabalho:

  • Baby Boomers (até 79 anos)
  • Geração X (45 a 60 anos)
  • Geração Y ou Millenials (29 a 44 anos)
  • Geração Z (13 a 28 anos)

Essa diversidade etária gera diferentes perspectivas e expectativas, especialmente com a Geração Z, que está iniciando suas carreiras com um olhar distinto para o trabalho. Esse cenário representa um desafio para o RH, que busca manter um clima organizacional positivo e a retenção de talentos.

Cada geração possui características que podem ser exploradas de forma positiva. Fabiana ressaltou a importância de criar um ambiente multigeracional que explore o melhor de cada uma, quebrando preconceitos e estereótipos.

Gisele complementou, enfatizando a necessidade de mapear as gerações na empresa para que os gestores possam adequar a comunicação e os processos internos a cada público. Ela mencionou que, às vezes, é necessário rever a carteira de benefícios, uma vez que as expectativas e valores dos mais jovens diferem dos mais experientes.

O papel do RH e a importância da comunicação

Diante desse cenário, surge a questão: o que o RH pode fazer para minimizar os conflitos?

Fabiana destacou a comunicação como um dos fatores mais importantes. É fundamental que as empresas adaptem-se aos diferentes canais preferidos por cada geração. Por exemplo, enquanto a Geração X e os Baby Boomers preferem comunicações mais formais, como e-mails e reuniões presenciais, Millenials e Geração Z tendem a utilizar meios informais, como WhatsApp e emojis.

Gisele sugeriu que as equipes conversem e alinhem internamente a forma de comunicação, enquanto Fabiana reforçou que o líder precisa estar atento à maneira de lidar com seu time.

Liderança multigeracional e habilidades essenciais

Um desafio crescente levantado por Gisele, é a liderança de pessoas mais velhas por líderes bem mais jovens, um desafio para ambos os lados.

Então, quais habilidades são essenciais para liderar equipes multigeracionais?

Gisele destacou que o líder deve se adaptar às diferenças de valores e expectativas, exercendo empatia e flexibilidade para adaptar sua gestão. 

Fabiana complementou com a importância do desenvolvimento contínuo, onde o líder precisa estudar e conhecer sobre os temas, entendendo como cada geração está lidando com as informações, inclusive nas abreviações e uso de emojis. Gisele enfatizou a proatividade do líder em buscar conhecimento.

Estratégias eficazes para reduzir atritos

Para reduzir atritos, as especialistas sugerem:

  • Mapeamento de gerações: entender a distribuição etária da equipe.
  • Pesquisas de clima: ferramentas que fornecem compreensão sobre o público e suas percepções.
  • Rituais de conexão: promover momentos como cafés da manhã para gerar conexão e unicidade entre o time.
  • Comunicação interna: desenvolver campanhas que promovam a integração e o cuidado entre as gerações.
  • Trabalho em equipe: estimular projetos que misturem jovens e profissionais com mais experiência para aproximá-los.
  • Escuta ativa: estar disposto a ouvir o público e atuar como um líder mediador quando necessário.
  • Mentoria reversa: incentivar a troca de conhecimento e aprendizado mútuo, onde jovens podem ensinar sobre novas tecnologias (como IA) e os mais velhos compartilharem sua experiência.

Fabiana detalhou como fazer o mapeamento geracional, mesmo sem ferramentas específicas, utilizando relatórios de admissões e dados de contabilidade. Ou seja, não é necessário um grande investimento para começar com essa ação.

A cultura organizacional como mediadora de conflitos

Fabiana salientou que a cultura organizacional precisa ser real e humanizada, oferecendo espaço para conversas sinceras e resolução de conflitos. O RH deve promover uma cultura de escuta ativa e criar momentos para isso.

Ela mencionou a mediação de conflitos, a Comunicação Não Violenta e até mesmo jogos como formas de humanizar a resolução de problemas. Ações de sensibilização sobre as diferentes gerações nas empresas também são importantes para quebrar preconceitos.

Além disso, é crucial que as políticas da empresa não excluam determinadas faixas etárias. A questão geracional deve ser aberta à discussão, sem rótulos. 

Para aprofundar-se no tema

Se você é profissional de RH ou gestor e quer se aprofundar neste tema fundamental para as organizações, assista ao replay da Employer Live no Palco Virtual da Employer.

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