A relação entre gestão e tecnologia em Recursos Humanos é uma necessidade estratégica e urgente. Mas como transformar essa conexão em resultados concretos? O debate da Employer Live de Outubro sobre Gestão e tecnologia: ações práticas que impulsionam o negócio trouxe respostas para essa pergunta.
Os especialistas Carlos Alberto Rankel, Gerente de RH do Festval, e Celso Rodrigues, Gerente de Tecnologia do Epays, debatem sobre a transformação digital como um elemento central da estratégia empresarial.
Confira!
RH como diferencial competitivo
A conversa começou com uma provocação para as empresas. Quantos dados você possui nos seus sistemas de RH agora? Dados sobre turnover, absenteísmo, demográficos dos colaboradores, custos de folha de pagamento…
Quanto tempo, recursos e pessoas já gastou para reuní-los? Agora, pense se todo esse esforço e levantamento está sendo usado, ou se viraram apenas relatórios acumulados.
Os dados apenas são relevantes quando a empresa compreende o valor e a função deles. Caso contrário, é apenas desperdício de tempo e de talentos.
Por isso, complementa Celso, o desafio não é coletar dados, mas sim transformá-los em informações estratégicas. É preciso sistematizar esses dados com ferramentas adequadas para embasar decisões estratégicas.
Por exemplo, compreender se a queda nas vendas de uma filial está relacionada com a composição do quadro de pessoal ou falta de treinamento adequado.
Carlos reforça, afirmando que empresas que reconhecem esse valor compreendem que o setor de RH é uma fonte competitiva de dados para o negócio. Além disso, o especialista ressalta a importância de o setor de Recursos Humanos e o de TI trabalharem lado a lado.
Quando o RH e TI se tornam parceiros que trabalham em conjunto, a escalabilidade acontece naturalmente. Assim, os profissionais de tecnologia compreendem as dores do negócio e os gestores de RH pensam em soluções tecnológicas que façam sentido estratégico.
Inclusive, conforme Carlos reforça, essa parceria ganha ainda mais potência quando integrada com outras áreas como marketing e comercial.
Quando você consegue ler simultaneamente os dados internos (RH), o mercado externo (marketing) e os resultados comerciais, apoiado por ferramentas adequadas, a velocidade na tomada de decisão aumenta exponencialmente.
O momento perfeito não existe
Quantas vezes sua empresa já adiou uma implementação importante esperando que tudo estivesse “pronto”? Esperando terminar o projeto anterior, compor melhor a equipe, organizar melhor os processos?
A verdade é que o cenário perfeito para implementação não existe e esperar por ele é condenar seus resultados.
Celso fala que não é possível parar os processos atuais para iniciar um novo. Por isso, as implementações tecnológicas precisam acontecer dentro da velocidade constante do mercado.
O que torna isso possível é começar pelo básico, com funcionalidades essenciais bem executadas, e expandir gradualmente. Portanto, metodologias ágeis e parcerias com fornecedores que entendem a complexidade dessa transição é essencial.
Porém, com tantas ferramentas disponíveis no mercado, qual deveria ser sua prioridade?
A resposta está na estratégia geral da empresa. Se ela prioriza excelência no atendimento ao cliente, suas escolhas tecnológicas em RH devem estar conectadas a como podem contribuir para isso.
Também, há tarefas operacionais, como processamento de folha com múltiplos cálculos repetitivos, controle de ponto, geração de rotinas. Para elas, o ideal é a automação via RPA (Robotic Process Automation). Com ela, os profissionais ganham tempo para atividades que exigem o fator humano, aquilo que realmente diferencia sua empresa.
A Employer oferece diferentes ferramentas que se adequam às necessidades do seu negócio. Entre elas, o Epays, um centralizador de rotinas do RH e DP, e a Folha de Pagamento Online, que automatiza e otimiza o processo operacional e burocrático.
Carlos e Celso reforçam que investir em tecnologia para automatizar tarefas burocráticas libera o RH para fazer o que realmente importa: ouvir, orientar, desenvolver, engajar.
Afinal, a tecnologia não substitui empatia e escuta ativa, mas amplifica a capacidade humana dos profissionais de exercerem seu trabalho de forma mais eficaz.
Alinhamento estratégico
No entanto, conforme os especialistas enfatizam, nenhuma mudança significativa acontece sem alinhamento organizacional. É preciso um plano claro que defina aonde a organização quer chegar e qual é o papel de cada departamento nessa jornada.
Afinal, quando diferentes áreas entendem que estão remando na mesma direção, a execução se torna exponencialmente mais fácil.
A equipe consegue dividir objetivos maiores em ações concretas e as dificuldades são vistas como desafios a superar. Celso afirma: “Parece simples em teoria, mas na prática, essa coesão transforma tudo.”
Com base nisso, sua estratégia deve começar com um diagnóstico atual transparente. Quais são seus pontos de dor? Qual é o fluxo de dados atual? Como está funcionando a comunicação entre seus departamentos? A partir daí, priorize com base em seu planejamento estratégico.
Finalmente, e talvez mais importante, mantenha as pessoas no centro. A tecnologia é um instrumento para potencializar seu time, não para substituir o julgamento estratégico.
Comece agora
A integração estratégica entre gestão e tecnologia não é mais uma iniciativa futura, é o presente. Empresas que já compreenderam isso tomam decisões mais rápidas, possuem colaboradores mais engajados, e experiências de cliente significativamente superiores.
Não espere pelo cenário perfeito. Comece hoje, com o básico bem feito, e caminhe rumo à maturidade tecnológica que sua empresa merece. Afinal, o diferencial competitivo no mercado atual não está em ter dados. Está em saber usá-los, rapidamente, com sabedoria e humanidade.
Para conferir tudo o que foi discutido na Employer Live de Outubro, assista ao replay no Palco Virtual da Employer.
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