5 pontos críticos na gestão de mão de obra rural
O setor agro é responsável pelo sustento da economia brasileira. Mas por trás dos bons resultados no campo, há dificuldades para gerir os trabalhadores rurais. Conheça 5 pontos críticos e algumas soluções para os problemas de mão de obra
O agronegócio é um dos setores mais representativos na economia brasileira. A soma das grandes áreas produtivas do nosso país à diversidade climática, que permite vários tipos de cultivo, coloca o Brasil em posição de destaque em vários cultivos. As previsões para 2017 são bastante positivas: o setor deve crescer 2% e garantir uma boa fatia do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a Agência Brasil. ”
No entanto, a estabilidade do segmento – que engloba agropecuária, agroindústria, produção de grãos, frutas, laticínios, entre outros – depende de um fator crucial: a mão de obra rural. Quem tem negócios na área precisa cumprir a legislação para contratação de empregados rurais, determinada pela Lei 5.889/73, que tem muitas particularidades. Além disso, há desafios típicos do setor, que tem sofrido com a migração de trabalhadores para grandes centros urbanos. Veja a seguir as principais dificuldades de gestão de mão de obra rural.
1 – Dificuldade logística
Não é difícil entender porque as grandes fazendas e áreas rurais ficam mais afastadas das cidades. O solo é mais rico, o ar é mais limpo e há mais espaço para os cultivos. Mas estas regiões também carecem de infraestrutura, o que dificulta a gestão da mão de obra rural. A mobilidade é afetada: há muitas áreas de difícil acesso, com pouco investimento em asfalto e pontes. Além de inviabilizar o transporte dos empregados até o local de trabalho, a falta de boas estradas também torna bastante precário o transporte das safras.
Nas regiões do entorno, o cenário nem sempre é diferente. Cidades sem ligações de luz, esgoto e água, comércio escasso e falta de agências bancárias fazem com que a população busque moradia em regiões mais desenvolvidas – e parte da mão de obra simplesmente desaparece.
Some a isso a ausência de infraestrutura de comunicação no campo, como torres transmissoras de celular e internet: trabalhar no campo torna-se um verdadeiro desafio, já que comunicação é fundamental para garantir a produtividade das safras.
2 – Concorrência de mão de obra
Apesar dos altos índices de desemprego no Brasil, o campo está repleto de oportunidades. O que falta no setor do agronegócio é mão de obra qualificada. Das atividades mais simples, como a colheita manual – essencial em alguns segmentos – até as tarefas que hoje contam com processos tecnológicos, há dificuldade por parte dos empregadores rurais na hora de contratar. Em várias regiões do Brasil, a escassez de trabalhadores tem levado empresas e órgãos governamentais a buscar formas de fomentar a capacitação e o desenvolvimento de quem ainda depende da atividade rural. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a população rural é 30% menor do que em 1980, segundo o IBGE.
A concorrência do setor também tem desafiado empresários na hora de manter seu quadro de empregados rurais: a busca por salários um pouco melhores, especialmente em períodos sazonais (como épocas de safra), leva os trabalhadores a trocar de atividade muito rapidamente.
3 – Dificuldades contratuais
Por um lado, a contratação de mão de obra no campo está regulamentada: como falamos no início, é preciso seguir tudo o que determina a Lei 5.889/73, como registro em carteira segundo a CLT, pagamento de benefícios, adicionais, entre outros. Mas nem todos os empregados têm conhecimento sobre seus direitos e deveres; situação que gera dúvidas e também leva os trabalhadores ao abandono de postos de trabalho.
Na hora da contratação, há outros problemas recorrentes nas zonas rurais: ausência ou extravio de documentos, documentação desatualizada, danificada ou ilegível – fatores que podem impedir a efetivação do contrato.
4 – Migração ilegal
Assim como no item 3, aqui também há problemas de documentação. A diferença é que neste caso a empresa contratante fica suscetível a riscos trabalhistas.
Imagine a seguinte situação: o empregador precisa contratar vários trabalhadores rurais para atender a uma safra. Diante de todas as dificuldades que já citamos anteriormente, o processo precisa ser feito com certa urgência. Um dos empregados contratados veio de outra cidade, em uma região mais distante, em busca de trabalho. Para conseguir a oportunidade, ele apresenta uma documentação irregular ou até mesmo incompleta, como um comprovante de residência de algum parente. Mais à frente, na hora de declarar estes dados aos órgãos reguladores, a empresa é notificada de que o endereço constante no contrato não é o endereço verdadeiro do empregado.
Este é um exemplo mais simples, de fácil solução, mas vale lembrar que todos os dados enviados pela empresa precisam ser verdadeiros, caso contrário, podem acarretar problemas.
5 – Saúde e segurança
Além da lei 5.889/73, os contratantes de mão de obra rural também precisam atender às exigências da NR 31, que trata da segurança e saúde no trabalho no campo. O principal objetivo desta NR é “estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho”.
O trabalho em zonas rurais está sujeito a muitos fatores externos, desde o clima até o desgaste físico, e por isso conta com regulamentação especial. As empresas precisam garantir condições adequadas de higiene, salubridade, bem-estar, realizar avalições de risco, formar comissões de prevenção a acidentes de trabalho, prestar o devido atendimento em caso de emergências e fazer toda a gestão de riscos.
Como acontece em muitas zonas rurais, nem sempre é fácil chegar a estas regiões e prover as condições estabelecidas pela NR 31. Some a isso a informalidade que sempre marcou as relações trabalhistas no campo. Somente em 1988, a Constituição Federal instituiu as leis obrigatórias para o setor, o que tirou muitos empregados da informalidade e colocou as empresas como responsáveis por seu quadro de trabalhadores.
Como amenizar ou solucionar as dificuldades na gestão de mão de obra rural?
Para melhorar os processos e ganhar competitividade em cenários tão desafiadores, é fundamental buscar parcerias para suprir as demandas de contratação e gestão no campo.
Com mais de 30 anos de experiência no agronegócio, a Employer possui filiais estrategicamente distribuídas pelo Brasil, muitas delas no interior, com expertise para atender às necessidades do RH de acordo com a operação e a logística de cada negócio.
Recrutamento e Seleção
A Employer mantém parcerias para divulgação de vagas e um banco próprio com mais de 15 milhões de currículos cadastrados em todo o Brasil, o BNE, o que agiliza processos de seleção de mão de obra.
Para garantir a segurança dos processos, realiza conferências rigorosas na documentação obrigatória, o que minimiza os riscos de migração ilegal de trabalhadores. Outra facilidade –é o fornecimento de cartão-salário já na admissão, que elimina a burocracia da abertura de conta bancária pelo empregado.
Com uma equipe altamente qualificada, a Employer garante as contratações de acordo com a Lei 5.889/1973, realiza visitas no campo para esclarecer dúvidas de RH/DP dos empregados, atendimento aos gestores e também faz a reposição de EPIs (equipamentos de proteção individual).
Com experiência em diferentes culturas e em qualquer lugar do Brasil, a Employer é especialista no cumprimento da NR31, com soluções para fornecimento de transporte fretado, alimentação no campo, área de vivência, encaminhamento para atendimento médico, alojamentos, entre outros.
Folha de pagamento Online e coletor de dados
Entre as soluções da Employer que se adaptam às necessidades do campo está a Webfopag, folha de pagamento 100% web, que permite as contratações e movimentações de mão de obra em grande volume, com rapidez e agilidade, em qualquer dia do mês.
Há também outras soluções de tecnologia agregadas à folha de pagamento, como sistema de qualificação de dados cadastrais e inclusão de foto para o registro e holerites, envio de SMS com confirmações de pagamentos e outros avisos, disponibilização de holerites na internet, arquivo de documentos digitalizados e sistema de ponto com relatórios estratégicos. Além disso, a Employer desenvolveu um aplicativo que automatiza a coleta de dados das atividades dos empregados rurais e que, com sincronização online, gera informações instantâneas para a gestão operacional e de custos.
A Employer oferece tranquilidade e segurança aos empregadores, com as melhores práticas do RH perfeitamente adaptadas à realidade do meio rural.
Você é um empregador rural? Tem outras dificuldades além destas que citamos? Converse conosco e conheça nossas soluções!