Existem muitas maneiras de gerenciar uma equipe e, cada líder decide a forma que irá fazê-lo de acordo com o que melhor se adeque à sua realidade, afinal, não há um padrão de formação de equipes ou de gerenciamento.
Em se tratando de gerenciamento e de práticas efetivas para fazê-lo funcionar, é necessário explorar variados modelos e buscar o que faz sentido dentro da equipe. Porém, há alguns modelos considerados ultrapassados e outros que podem ser prejudiciais ao bom funcionamento e ao bem-estar do time. Hoje falaremos sobre o microgerenciamento, que é uma forma de gestão baseada em práticas cotidianas, que vem sendo considerada nociva e desfavorável para empresas.
O que é o microgerenciamento?
O microgerenciamento são práticas adotadas pela gestão que, geralmente, estão na esfera de controle e fiscalização excessivas das tarefas e ações de colaboradores. É o controle de ‘cada passo’ que colaboradores dão dentro da empresa.
Fonte: Freepik
São alguns exemplos de microgerenciamento:
- Líder que exige estar em cópia de todos os e-mails da equipe
- Controle excessivo do tempo que cada colaborador leva para realizar suas tarefas
- Falta de delegação de atividades ou funções, muitas vezes por falta de confiança na equipe
- Exigência de relatórios com muita frequência, alguns sem necessidade
Estes são apenas alguns exemplos de como o microgerenciamento é adotado em práticas cotidianas. Embora todos pareçam inofensivos, a longo prazo são práticas que podem enfraquecer times, gerar pressão e descontentamento.
Quais são os riscos do microgerenciamento?
O principal risco que o microgerenciamento pode trazer às empresas é o aumento do estresse entre os profissionais que pode ser uma causa direta da alta rotatividade, o que conhecemos como turnover.
Além disso, o extremo controle de tarefas pode ser lido pelos times como falta de confiança da parte da liderança e, como consequência, afeta diretamente na autoconfiança e desempenho destes.
Entenda que, muitas vezes o gestor que pratica a microgestão, busca uma excelência – dentro de um parâmetro pessoal -, quase inalcançável, em tudo que seu time produz, não dando espaço para o ritmo pessoal de cada colaborador ou autonomia para resolução de adversidades. Isso gera uma pressão muito grande que tem como consequência o estresse de toda a equipe.
Outro risco encontrado em gestões nesse modelo é que os colaboradores ficam dependentes da distribuição de tarefas por parte do líder, já que este último não tem total confiança de que seus liderados possam tomar atitudes ou iniciar novas atividades sem consulta prévia.
De modo geral, o microgerenciamento pode causar estresse, aumento de taxas de turnover na empresa, desgaste emocional e profissional e uma baixa na produtividade.
O que fazer para evitar o microgerenciamento?
Apesar de parecer difícil, essas práticas são reversíveis. A partir do momento em que gestores e líderes se propõem a dar mais liberdade aos colaboradores, delegam tarefas, e adotam uma comunicação mais aberta e humana, é possível reverter ou evitar a prática do microgerenciamento na empresa.
Ao manter uma comunicação aberta, o gestor dá espaço para que seus liderados tenham voz, recebam e emitam feedbacks de maneira mais otimista e também melhora a comunicação e relação de toda a empresa.
Ainda neste escopo, é preciso saber ouvir as necessidades de cada um para entender quais são as suas expectativas, o que ele pode ou não realizar, o que deseja dentro da empresa e esse entendimento é crucial para uma liderança positiva.
Delegue tarefas! Além de aumentar a autoconfiança dos profissionais, ao delegar tarefas o líder poderá focar em sua agenda, resolver problemas que condizem com sua função e gerar melhores resultados, com uma gestão mais ágil e que sabe priorizar atividades.
Adote metodologias e ferramentas para facilitar a gestão de demandas. Há uma infinidade de ferramentas tecnológicas que facilitam o acompanhamento de tarefas, muitas delas baseadas no método Kanban. Busque aquela que melhor atende às demandas da empresa e introduza na sua gestão, isso facilitará tanto para a gestão, quanto para os colaboradores.
Metodologias de acompanhamento de metas e objetivos, como as OKRs, por exemplo, também podem ser aliadas de muito sucesso para gestores, afinal, essas metodologias geram dados e métricas precisas e podem ser facilmente aplicadas e geridas.
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