Sem dúvidas, o tema “maternidade no trabalho” ainda é um estigma para muitas empresas. Embora existam leis proibindo a discriminação tanto no recrutamento quanto no ambiente de trabalho, ainda é comum ouvir relatos de mulheres que deixaram de conseguir vagas de emprego por terem o desejo de se tornarem mães. Ou, ainda, que são desligadas de suas funções tão logo o período de estabilidade previsto pela lei acaba.
A boa notícia é que, mesmo que ainda precise de avanços, há empresas que já deixaram de enxergar a gravidez como um obstáculo e oferecem vagas a mulheres grávidas.
São casos em que os empregadores entenderam que a maternidade não é um empecilho. Pelo contrário, é notável que apresentar práticas favoráveis à maternidade resulta em benefícios para as organizações, como uma maior satisfação e retenção de profissionais, melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e ainda uma cultura organizacional mais inclusiva.
Além disso, promover a maternidade no ambiente de trabalho é essencial para reduzir a discriminação de gênero.
Porém, mais do que apenas oferecer o suporte previsto pela lei, que é um direito das mulheres durante a maternidade, as empresas devem reconhecer a importância de um tratamento humanizado e respeitoso com as futuras mães. Afinal, elas não deixam de ser profissionais capacitadas com potencial de contribuir no crescimento das organizações.
Veja a seguir algumas maneiras de apoiar as colaboradoras em um momento tão especial de suas vidas, auxiliando-as a conciliar a maternidade e a carreira.
Incentive um ambiente seguro e acolhedor
Primeiro, mostre que a maternidade não é um “problema” para o desenvolvimento profissional na empresa. Por conta do tabu criado ao redor do tema, muitas mulheres se sentem inseguras em expor o desejo de serem mães, ou ainda, revelar que estão grávidas para seus superiores.
Por isso, é preciso desenvolver um ambiente seguro, com incentivo ao diálogo, onde as profissionais se sintam confortáveis para falar sobre o tema. Afinal, é importante ouvir o que as gestantes e mães da equipe têm a dizer, a fim de adaptar o que for necessário para as necessidades de cada uma.
Inclua a gestante no processo de transição da licença-maternidade
Durante o período de afastamento para a licença-maternidade, outra pessoa ficará responsável por dar continuidade aos projetos em andamento. Uma forma de deixar esse processo mais tranquilo tanto para a colaboradora quanto para quem assumirá o cargo temporariamente é a inclusão da profissional neste processo de transição.
Assim, todas as tarefas são passadas da devida forma, tranquilizando tanto a gestante, que não terá preocupações extras sobre trabalhos incompletos, quanto a empresa, que não terá interrupções em seu fluxo pela falta de informações de uma tarefa, por exemplo.
Além disso, fazer parte desse processo também é uma forma de assegurar à colaboradora de que ela não está sendo substituída, e que terá seu espaço ao retornar da licença.
Uma solução para suprir a demanda durante a licença-maternidade é a contratação de um trabalhador temporário. Basta entrar em contato com uma agência de trabalho temporário, como a Employer, e contratar um profissional durante esse período.
Ofereça flexibilidade da jornada de trabalho
A modalidade de trabalho híbrida e Home Office se provou ser uma ótima solução durante a pandemia. Assim, pode ser estendida e aproveitada para situações como a volta da licença-maternidade.
A rotina da colaboradora muda com o novo integrante na família, e oferecer horários flexíveis, sistema híbrido ou ainda a possibilidade de trabalho remoto por um período, se possível, ajudam a profissional a se adaptar a este novo momento enquanto mantém sua produtividade. Outra forma é trabalhar com metas ao invés de uma carga horária específica.
Crie uma rede de apoio
Algumas modificações podem ser necessárias para a boa inclusão das gestantes/mães no ambiente de trabalho. Pequenas adaptações, como um apoio para os pés, novos uniformes ou a mudança do código de vestimenta se necessário, e até mesmo a criação de uma sala de amamentação são algumas das mudanças que podem deixar este período mais confortável para as colaboradoras.
Criar grupos para mães e gestantes ou de apoio sobre gestação e maternidade são formas destas mulheres compartilharem informações, dicas e desabafos, mostrando que não estão sozinhas neste momento.
Além disso, é importante incluir as demais equipes em conversas sobre o tema. Para entenderem mais sobre como a maternidade reflete na dinâmica e no local de trabalho, é possível promover palestras para a conscientização de todos, prevenindo assim, por exemplo, a discriminação por gravidez no trabalho.
Disponibilize benefícios para as colaboradoras
Mais uma forma de incentivar o bem-estar é com a disponibilização de benefícios. Por exemplo, auxílio-creche, programas de acompanhamento da gestação, disponibilização de material educativo, acompanhamento psicológico e consultorias como conciliação de carreira e maternidade.
Cada empresa deve estudar o que pode oferecer dentro de sua realidade, mas esse é um diferencial na criação de um ambiente mais acolhedor e inclusivo, que consegue aliviar parte da nova carga que estas mulheres recebem junto à maternidade. Dessa forma, ainda é possível melhorar a experiência do colaborador e a marca do empregador.
Salienta-se também a importância de lembrar que não há distinção entre a mãe biológica e a mãe adotante. Os direitos previstos por lei para regime CLT, como a licença-maternidade, são iguais. Portanto, os cuidados direcionados às colaboradoras também devem ser neste período importante para as famílias.
Por fim, percebe-se que um ambiente acolhedor durante a maternidade e uma cultura organizacional mais humana ajuda a fortalecer os laços entre colaboradoras e organizações. Assim, resulta em um aumento do bem-estar dentro das empresas. Também, pode ser um atrativo para novos talentos para sua equipe.
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