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Cadê o colaborador? Desafios do absenteísmo e rotatividade no mercado de trabalho

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Continuando com a maratona do Employer Summit, o assunto agora é ‘Cadê o colaborador? Desafios do absenteísmo e rotatividade no mercado de trabalho’. Este foi o tema do painel ministrado por Renan Martins de Carvalho​, Gerente de RH na RHI Magnesita e Ana Carolina Di Bonifacio, Gerente de Gente e Gestão na Premix.

Para introduzir a pauta, a especialista trouxe alguns números significativos e preocupantes para as empresas. Segundo um levantamento do Ministério do Trabalho no Brasil, um quarto dos jovens entre 18 e 24 anos permanecem menos de três meses na empresa. 

Além disso, 2,5 milhões de pessoas nessa faixa etária ficam menos de dois anos nas empresas. Ana Carolina comenta que essa realidade é um fenômeno mundial, não apenas brasileiro.

Ela ainda cita uma pesquisa da McKinsey que afirma que 27% dos profissionais têm intenção de mudar de emprego — número que sobe para 32% quando falamos na geração Z. Baseado nisso, Ana Carolina reforça que o RH e as lideranças precisam se questionar e entender o que está provocando essa evasão e o que mudou nos últimos anos.

Novo jeito de encarar a vida profissional

De acordo com ela, até alguns anos atrás as pessoas desejavam ficar anos em uma única empresa, mas hoje essa já não é mais a realidade.

Renan complementa, alegando que essa mudança vem acontecendo mesmo antes da pandemia, mas esse período acentuou essa transformação. Afinal, cada vez mais pessoas começaram a priorizar trabalhos mais próximos de suas casas, desejar mais tempo livre para ficar com os filhos, por exemplo, e a prestar mais atenção na saúde física e mental.

Principalmente, quando falamos nos profissionais mais jovens. Eles focam muito mais em qualidade de vida do que os mais velhos, fazendo com que não aceitem um emprego apenas com base no aspecto financeiro.

Ana Carolina reforça o argumento, afirmando que fatores como equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, flexibilidade e benefícios atrativos são alguns dos pontos levados em consideração quando o profissional está procurando uma oportunidade.

Lideranças

Além disso, a especialista enfatiza que as lideranças devem ser as primeiras a se adaptarem a este novo modo de pensar. Elas precisam adequar a relação com seus times, focando na empatia e na compreensão de necessidades particulares. Afinal, cada pessoa tem um contexto diferente para se dedicar ao trabalho e é necessário levar isso em consideração.

Tal argumento corrobora com as falas de especialistas que participaram de painéis anteriores do Employer Summit. Por exemplo, Marcelo Nakamura, que afirma que você não lidera para um grupo, mas para o indivíduo; Vânia Montenegro, que reforça a importância de treinar as lideranças; Fernanda Cunha, que trouxe o conceito de “Leader for all”; e José Tortato, que citou a liderança situacional.

Neste painel, Ana Carolina também aponta a necessidade de treinar as lideranças para terem este olhar mais empático para o time. Assim, irão engajar os profissionais, aumentar a vontade deles de estar presente e, consequentemente, trazer mais produtividade para o negócio.

A nova forma de enxergar o mundo do trabalho impactou as empresas, refletindo nas altas taxas de rotatividade e absenteísmo. Portanto, é imprescindível que as organizações acompanhem essa mudança e se atualizem, ou não conseguirão reter talentos.

Desafios na contratação

Junto com o turnover, Renan salienta a dificuldade atual de fazer um recrutamento eficaz. De acordo com ele, além da grande disputa com os concorrentes, o mercado está com poucos profissionais capacitados disponíveis.

Ele ainda comenta que está cada vez mais difícil encontrar jovens para realizar tarefas braçais, então as empresas precisam criar estratégias para superar isso:

A gente precisa entender como essa nova geração pensa e entende a relação de trabalho para se adaptar a essa nova realidade e conseguir atrair e reter essas pessoas”.

Sobre o assunto, Ana Carolina afirma que os mais qualificados são altamente disputados no mercado, portanto são mais caros e concorridos. Por outro lado, ela recomenda focar nas pessoas que possuem soft skills e habilidades comportamentais mais desenvolvidas.

De acordo com a especialista, a falta de habilidade técnica pode ser contornada com treinamento, capacitação e com o uso de tecnologias:

Por mais que a tecnologia substitua algumas atividades, ainda vamos depender de mão de obra operacional e braçal.

Ana Carolina também afirma que, quando os colaboradores sentem que estão sendo valorizados e/ou desenvolvidos, a sensação de “ganha-ganha” fica mais clara e o senso de pertencimento aumenta.

Também, a especialista ressalta a importância de entender o que as pessoas precisam e querem. Ela diz que o RH e os líderes precisam escutar, pois isso é primordial para colocar em prática ações verdadeiramente eficazes.

Dicas para controle de absenteísmo

Para encerrar a conversa, os especialistas compartilharam algumas estratégias a fim de diminuir o índice de absenteísmo nas organizações.

Primeiro, Renan citou o acelerador de carreira da RHI Magnesita, cujo objetivo é desenvolver algumas pessoas para compreenderem e aplicarem a cultura da empresa. De acordo com ele, o principal foco desse treinamento são as soft skills e habilidades de liderança, de forma que os profissionais sejam engajados e permaneçam na empresa:

Quanto mais pessoas a gente formar internamente, quanto mais a gente jogar as pessoas pra cima, mais teremos fluxo no futuro”.

Além disso, Ana Carolina exemplifica o forte processo de onboarding da Premix. Com ele, as pessoas se sentem acolhidas desde o início, entendendo as áreas da empresa e se situando internamente. Portanto, é essencial fortalecer o pacote institucional e o kit de boas-vindas:

“É toda uma preparação para receber esses novos profissionais para que eles se sintam realmente pertencentes no primeiro momento.

A convidada também afirma que é importante fortalecer a área de cultura e comunicação, para transmitir com clareza e transparência para todas as áreas da empresa informações importantes. Ana Carolina também orienta a investir em feedbacks e no cuidado com a saúde mental.

Você pode assistir o painel na íntegra e ter informações valiosas para diminuir o índice de turnover e absenteísmo na sua empresa acessando nosso palco virtual. Acompanhe os conteúdos da Employer e fique sempre atualizado sobre o mundo de RH!

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