4 mudanças estratégicas para ter um RH mais eficiente em 2018
Contratos de trabalho não são a única peça que move as relações trabalhistas. A cada ano o mercado e as empresas precisam rever suas estratégias para produzir mais e melhor. Quer saber de que forma o RH participa deste cenário? Descubra neste artigo.
Depois de um ano marcado por mudanças na legislação trabalhista, 2018 deve trazer outras novidades para quem trabalha na área de gestão de pessoas. São pontos que vão além da parte jurídica. Novos perfis chegam ao mercado, a competitividade pode modificar as necessidades das fábricas e a economia brasileira pede olhar mais estratégico.
Confira a seguir algumas mudanças que poderão ser percebidas ainda neste ano e prepare sua equipe para as transformações.
1. Uma nova geração no mercado de trabalho
Nascidos no início dos anos 2000, os jovens da geração Z começam a fazer parte do mercado de trabalho. Podem ser estagiários, aprendizes e profissionais formados em início de carreira. É importante entender melhor o perfil destas novas pessoas. Elas já nasceram na era digital, por isso são mais conectadas e adaptáveis ao uso da tecnologia no ambiente de trabalho.
Mais do que salário e ascensão profissional, os profissionais da geração Z têm outra visão de trabalho. Buscam oportunidades em negócios cujos valores sejam similares às suas próprias crenças, distante do “fazer só por fazer”. A palavra que domina esta nova geração é uma só: propósito.
Quando você receber currículos e fizer processos seletivos com candidatos que pertencem à geração Z, é bom ter em mente que a relação profissional é baseada no ganha-ganha. Eles querem trabalhar, ganhar dinheiro; mas reconhecimento e contribuição com a sociedade por meio do trabalho são elementos bastante importantes para eles.
Ainda sobre a geração Z, o desafio do RH também está na gestão de pessoas nascidas em épocas bem diferentes. É preciso conciliar os interesses de profissionais mais experientes, das gerações dos baby boomers, por exemplo, aos anseios de colaboradores bem mais jovens.
2. Competência baseada em produtividade
Vários setores da economia já perceberam que agora há demandas de trabalho que não necessitam, obrigatoriamente, da jornada de oito horas diárias. Para o RH, é o momento de rever estratégias de pessoal e criar novos indicadores, baseados em produtividade e não exclusivamente em carga horária. Aqui é importante ressaltar que a competitividade de várias indústrias, por exemplo, depende de manufatura em tempo integral.
Mais produção, mais trabalhadores no time. Se para as fábricas esta é uma realidade, para áreas como TI, marketing e comercial, o caminho pode ser o inverso: trabalha-se por produtividade, mede-se o desempenho por entrega.
Isso não quer dizer que você deve extinguir o ponto ou o banco de horas. Pelo contrário: o controle é igualmente importante para avaliar a produtividade. A diferença é que agora a carga horária pode ser adaptada de acordo com as leis do trabalho – que permite jornadas diárias de seis a oito horas, contratos de 12 X 36, terceirização, contratação de autônomos e temporários. A combinação entre contratos mais adequados às necessidades e um bom controle de tempo dedicado é cada vez mais importante para o bom uso dos recursos financeiros das empresas.
3. Qualidade de vida aliada ao trabalho
O conceito de vida saudável ultrapassou a preocupação individual com saúde e bem-estar. É preciso oferecer aos trabalhadores um ambiente que promova mais qualidade de vida. Isso porque a saúde mental dos colaboradores tornou-se foco para todos os tipos de negócio.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 260 milhões de pessoas no mundo convivem com transtornos de ansiedade – e um ambiente de trabalho ruim é responsável por boa parte deste índice. Somente em 2016, mais de 74 mil trabalhadores brasileiros foram afastados das atividades por problemas como depressão e ansiedade. O RH entra em ação para reverter este quadro. O que você tem feito para promover o bem-estar do seu capital humano?
Jornadas de trabalho exaustivas (com excesso de horas extras), conflitos mal gerenciados, lideranças negativas e pressão: estes são alguns dos principais fatores que prejudicam os trabalhadores e, por consequência, o empregador.
Por isso, vale investir um tempo para criar novas práticas no ambiente corporativo. Estratégias simples, como a concessão de plano de saúde, até ações que levam saúde e prevenção para dentro das indústrias. Tudo pode fazer a diferença e aumentar a produtividade da sua equipe!
4. Contratações mais estratégicas
O turnover é um dos grandes desafios para o RH e para os negócios. Um quadro de pessoal com alta rotatividade representa, no mínimo, a oneração da folha de pagamento, algo que nem sempre está previsto no planejamento.
Em 2018, com as novas possibilidades trazidas pela reforma trabalhista, é possível repensar a estratégia de contratação de pessoas. O que é melhor para a empresa: um empregado que trabalha oito horas por dia, mas faz horas extras regulares, ou dois empregados em regime parcial de tempo? Para um novo projeto, o ideal é contratar um time inteiro ou terceirizar uma equipe de especialistas? Você precisa contratar um novo líder ou terá mais ganhos se capacitar alguém que já está na empresa?
Mesmo que estas perguntas gerem algum desconforto na hora de traçar a estratégia de contratação, elas não podem ficar sem resposta. O mercado de trabalho está repleto de profissionais capacitados, empresas especializadas, fornecedores de mão de obra, todos à espera de uma oportunidade. E certamente dentro da empresa você também tem talentos valiosos que querem crescer junto com os negócios.
Por onde começam as mudanças?
Pelo planejamento, é claro. Afinal sempre é tempo de avaliar as possibilidades e desenhar novos planos de ação. Já pensou em “começar pelo final”? Analisar a folha de pagamento é um ótimo primeiro passo para identificar a necessidade de novos processos, relembrar os talentos que você têm por perto e otimizar os recursos dos negócios. Empresas que trabalha com folha de pagamento online conseguem inclusive visualizar as despesas em tempo real, já que a ferramenta faz o cálculo a cada novo lançamento. Conheça melhor a Webfopag.
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