Região de Lages foi responsável pela contratação de 2,3 mil pessoas em dezembro, segundo CAGED
Dos 23 municípios, Lages, São Joaquim e Curitibanos foram os que mais contrataram no período
A região metropolitana de Lages foi responsável pela contratação de 2.334 pessoas no mês de dezembro passado, de acordo com dados do Novo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados na última semana. Do total de pessoas contratadas, 57% eram homens e 43% mulheres.
Ainda segundo a pesquisa, Lages, São Joaquim e Curitibanos foram os municípios que mais contrataram com 1.136, 287 e 214 admissões, respectivamente. Outra informação revelada pelo levantamento diz respeito à escolaridade das pessoas admitidas no período: 50,2% das vagas foram ocupadas por pessoas com ensino médio completo.
A pesquisa revela também que o agronegócio, o comércio, e as indústrias, além do setor administrativo foram os campos que mais contrataram. Exceção para as cidades de Bom Jardim da Serra, Painel, Palmeira, e São José do Cerrito onde os setores de ciências, arte, manutenção e técnicos de nível médio, foram os que mais admitiram.
A região metropolitana de Lages é composta por 23 municípios. São eles: Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Correia Pinto, Curitibanos, Frei Rogério, Lages, Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Ponte Alta do Norte, Rio Rufino, Santa Cecília, São Cristóvão do Sul, São Joaquim, São José do Cerrito, Urubici e Urupema.
Contratações temporárias
Tatiane Barbosa, supervisora da Employer, agência de Recursos Humanos, em Lages, explica que as empresas da região estão investindo na contratação de mão de obra temporária para suprir a demanda por trabalhadores. “Essa modalidade de contratação dá às empresas agilidade e flexibilidade, sem perder na qualidade do serviço prestado pelos contratados”, diz.
De acordo com a executiva, a modalidade é indicada, por exemplo para atender uma demanda de substituição de pessoal permanente, em períodos de férias, afastamentos, licenças, ou demandas complementares previsíveis ou imprevisíveis. “Além de ser vantajoso para quem contrata, é também para o trabalhador já que o emprego temporário costuma ser a porta de entrada para a contratação efetiva para muitas pessoas”, explica.
Em 2022, foram mais de 2,5 milhões de vagas temporárias em todo o Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Trabalho Temporário. A Associação prevê um cenário positivo para 2023: a estimativa é de um aumento de 8% nas contratações temporárias no 1º trimestre do ano (janeiro a março), em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram observadas mais de 774 mil vagas temporárias.
Para o mesmo período de 2023, estima-se que esse número ultrapasse as 830 mil vagas.
Direitos do Trabalhador Temporário
Na modalidade temporária, o trabalhador tem anotação em carteira e os direitos assegurados pela legislação 6.019/1974. Dentre os direitos, estão inclusos pagamento de horas extras, descanso semanal remunerado, 13º salário e férias proporcionais ao período trabalhado. Ele recebe 8% dos seus proventos a título de FGTS e o período como temporário conta como contribuição para a aposentadoria.
Vale ressaltar que na legislação, o trabalhador temporário pode ser contratado por até 180 dias, com possibilidade de prorrogação por mais até 90 dias. A efetivação pode acontecer a qualquer momento desse período. Junto à Previdência, o trabalhador temporário também tem todos os direitos garantidos, desde que se respeite a carência mínima exigida para o pagamento dos benefícios.
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