Marca Empregadora Employer Summit

Marca Empregadora – O que faz uma empresa ser desejada

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No primeiro dia presencial do Employer Summit, o segundo painel trouxe a discussão sobre como uma empresa se destaca. Assim, Marcelo Nakamura, Diretor de Marketing e Estratégia da Embraer, e Tatiane Tieme, CEO da GPTW, conduziram a conversa ‘Marca Empregadora – O que faz uma empresa ser desejada’.

Great Place to Work

Primeiro, para contextualizar, a GPTW, que significa Great Place to Work (Ótimo Lugar para Trabalhar), é uma consultoria global que auxilia empresas a obterem melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação¹

Para receber essa certificação, a organização precisa que 7 a cada 10 funcionários a avaliem com mais de 70% de satisfação. Ou seja, que a maioria dos profissionais se sintam felizes em trabalhar lá. Este é um indicador muito importante para se tornar uma marca empregadora, pois, de acordo com os especialistas, é o sentimento interno que vai levar a empresa a atingir esse objetivo.

Afinal, Tatiane afirma que isso só será possível com uma forte confiança dos colaboradores e vice-versa.

Confiança e respeito: elementos essenciais

Para se tornar uma marca empregadora, o requisito básico é ter uma cultura organizacional com foco nas pessoas e na experiência delas. Os colaboradores precisam se sentir respeitados não apenas como números, mas como indivíduos únicos, com suas próprias características e necessidades. Essa é a verdadeira liderança humanizada.

Essa construção de confiança e respeito não segue fórmulas pré-estabelecidas; ela surge do relacionamento humanizado entre líderes e colaboradores. Portanto, os gestores precisam estar próximos das equipes, oferecendo feedbacks constantes e personalizados.

O que realmente faz a diferença é a atuação da liderança no dia a dia“, afirma Tatiane.

Além disso, ela reforça que as lideranças precisam estar preparadas e capacitadas para exercer esse papel de maneira eficaz. Aqui, entra a função do RH de fornecer ferramentas e suporte necessários para os líderes maximizarem o potencial humano.

É o líder que convive diariamente com a equipe, que tem a proximidade, sabe das dores e dos avanços, por isso ele deve tomar essa frente.

Construção da marca empregadora

Nesse sentido, Marcelo enfatiza que toda metodologia e plano de ação devem ser baseados em dados para impulsionar a inovação e o crescimento. Ele menciona que empresas que trabalham com dados têm maior facilidade em identificar barreiras que podem estar impedindo avanços no ambiente de trabalho.

Tatiane completou, mencionando que os colaboradores precisam sentir orgulho de trabalhar na empresa e isso apenas acontece quando eles se sentem valorizados e compreendem sua importância dentro da organização.

Os gestores e o RH precisam ajudar a mostrar como cada função, por menor que pareça, é crucial para o sucesso do negócio“, afirmou.

A especialista também destaca que o RH deve implementar ferramentas e processos que garantam uma comunicação direta e eficiente entre a empresa e seus colaboradores.

Além disso, o que eles vivenciam no dia a dia deve estar alinhado com a visão e missão da empresa. No entanto, isso será uma consequência de ações assertivas e eficazes, não algo falado apenas para promover a imagem da organização.

A escuta ativa, por meio de reuniões 1:1, pesquisas internas e ferramentas similares, é crucial para entender as necessidades e sentimentos da equipe. Essa prática norteia os ajustes na gestão, que devem ser contínuos e duradouros. Também, aumenta a confiança e o engajamento, que são fundamentais para construir uma cultura de inovação, cativar o respeito mútuo e fortalecer a confiança entre profissionais e gestão.

Inovação

Marcelo destaca que, em um ambiente de trabalho onde há confiança, há menos medo de errar, o que incentiva a experimentação e, por consequência, a inovação. Ele aponta que as empresas que conseguem criar um ambiente seguro para seus colaboradores se arriscarem são as que mais prosperam em um mercado.

A inovação, portanto, não é apenas sobre criar novos produtos ou serviços, mas também sobre reimaginar a forma como as pessoas trabalham e se relacionam dentro da organização.

Sendo assim, para construir uma marca empregadora, é necessário muito mais do que oferecer bons salários ou benefícios atraentes. É preciso criar um ambiente de confiança, respeito e valorização, onde os colaboradores se sintam parte integrante do sucesso da empresa. O papel do RH, e principalmente da liderança, é central nessa construção, fornecendo as ferramentas certas e promovendo uma comunicação aberta e honesta.

O futuro do trabalho depende de lideranças humanizadas, culturas organizacionais flexíveis e da capacidade de cada empresa se adaptar rapidamente às mudanças do mercado. O ponto central do painel é este: criar ambientes de trabalho onde as pessoas sintam orgulho de pertencer e tenham vontade de inovar.

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