tendências de RH e do mercado de trabalho em 2023

Liderança humanizada e aprendizagem constante: tendências de RH e do mercado de trabalho em 2023

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Liderança humanizada e aprendizagem constante: tendências de RH e do mercado de trabalho em 2023

Debora Schollmeier

A gestão de pessoas é desafiadora já que a área de Recursos Humanos é estratégica para o sucesso do negócio e responsável pelo principal ativo de uma empresa: seus colaboradores. Reter pessoas requer estratégia, foco nas tendências de mercado e, claro, uma liderança humanizada capaz de manter um time engajado e comprometido. 

Entender quais são as necessidades e expectativas do cliente interno e promover a melhor experiência para ele são duas das habilidades esperadas da liderança em 2023. Nesse sentido, um estudo conduzido pela Gartner para o RH (Top 5 Priorities for HR Leaders in 2023), apontou que a eficácia do líder e do gestor é uma das principais prioridades para o planejamento estratégico neste ano. 

O estudo aponta que a liderança deve ser humanizada, autêntica, empática e adaptativa. Mais do que isso, que compromisso, coragem e confiança são características sine qua non para um líder humano eficaz, mas que é necessário que a liderança reconheça a sua humanidade, abordando barreiras emocionais como a dúvida, o medo e a incerteza. 

Lifelong learners 

Uma outra tendência para um RH eficaz diz respeito à aprendizagem. Hoje em dia, com o mundo em constante mudança, ter um apenas um diploma não atende mais às necessidades do mercado e é por isso que os profissionais que entendem que aprender deve ser uma constante e investem na educação continuada são cada vez mais valorizados. 

O conhecimento é, inclusive, uma das soft skills mais desejadas. Assim, o conceito de aprendizagem continuada ao longo da vida (lifelong learners) tem ganhado, cada vez mais, evidência. 

A ideia é que o profissional invista seus esforços na atualização constante por meio, por exemplo, de cursos de qualificação, participação em palestras, ou workshop. 

Mas também na troca de informações com outros profissionais já que a aprendizagem também acontece em ambientes informais. 

A empresa, por meio do RH, pode contribuir para essa jornada, promovendo jornadas de aprendizagem, gestão do conhecimento e investindo em universidades corporativas, entre outras iniciativas. O grupo ao qual pertence a Employer mantém a Universidade do Emprego, uma plataforma de educação à distância que proporciona aperfeiçoamento profissional, capacitação especializada e soluções para dúvidas e desafios profissionais. 

Tecnologia em favor do RH 

Outra tendência que vem crescendo ao longo dos últimos anos é o uso da tecnologia como aliada do RH. Esse é, inclusive, um dos desafios dos profissionais da área. 

É o que aponta uma pesquisa divulgada pela consultoria Think Work, realizada em parceria com a HR Tech Atlas, com 69 executivos. Entre os desafios apontados estão: promover a transformação digital do RH e atrelar dados à gestão de pessoas. 

Há quem acredite que tecnologias como Inteligência Artificial irão substituir a mão-de-obra humana. O que a história nos conta é que, no passado, quando as primeiras máquinas surgiram disputando habilidades com as pessoas, os humanos se mantiveram à frente graças às suas capacidades cognitivas. E continua sendo assim. 

O uso intensivo da tecnologia pode facilitar, por exemplo, processos de recrutamento e seleção, diminuindo problemas importantes como os vieses inconscientes. A Inteligência Artificial pode ser ensinada para escolher entre os milhares de candidatos em um processo seletivo aquele que se adequa melhor às necessidades da empresa, promovendo a aderência do candidato à vaga e diminuindo, entre outros, o índice de turnover. 

Outro exemplo é a utilização do ponto eletrônico online, que simplifica as rotinas a partir da coleta de dados. A tecnologia permite que as empresas façam a gestão de ponto e de produtividade dos empregados, tornando os processos de controle e índices de desempenho mais ágeis e inteligentes. 

Saúde mental e bem-estar  

Depois da pandemia da Covid-19, ficou claro que os cuidados com a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores é urgente, além de se traduzir em uma estratégia importante para quem deseja atrair bons profissionais e reter aqueles que já fazem parte do quadro da empresa. 

É, inclusive, uma questão que está diretamente ligada ao faturamento das empresas. Recentemente, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) divulgou um estudo revelando que os transtornos mentais nos trabalhadores geram perda no faturamento na ordem de R$ 397,2 bilhões ao ano, além de afetar diretamente a produtividade das instituições, reduzindo em 800,7 mil os empregos gerados. 

Mas não é só isso: a falta de saúde mental causa um efeito cascata afetando, inclusive, a saúde e o bem-estar da família dos trabalhadores. É por isso que investir na saúde mental dos colaboradores é uma tendência importante que o RH precisa ficar de olho. 

Em gestão de pessoas é sempre importante lembrar o ensinamento de Ian Hutchinson: “Seus principais clientes são os seus colaboradores. Olhe antes para os seus colegas de trabalho e depois para os seus consumidores.”  

Um RH humano, atualizado e eficaz transforma a realidade a sua volta, contribui para o sucesso do negócio e retém os melhores talentos. Afinal, um colaborador bem tratado é um colaborador feliz, fidelizado e engajado. 

Debora Schollmeier atua há seis anos na área de Gestão de Pessoas na Employer RH no Rio Grande do Sul. É especialista em recrutamento, seleção e agenciamento de mão-de-obra temporária, terceirizada e safrista, sempre movida pela oportunidade de transformação 

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