Na abertura do Employer Summit 2024, evento de RH cujo objetivo é conectar e compartilhar experiências de profissionais do setor, três especialistas conversaram sobre o que torna o RH estratégico.
Luciana Lourenço, Diretora de RH da Ourofino, Vânia Montenegro, Diretora de Serviços de RH da Employer e Paulo Audician, Gerente de Seleção e Desenvolvimento de Pessoas do Grupo DPSP – Drogaria São Paulo e Pacheco, iniciaram o painel falando sobre a importância de compreender as particularidades de cada organização.
O planejamento dependerá do objetivo, foco e contexto de cada negócio. Afinal, o que é estratégico para uma pequena empresa local provavelmente não será para uma grande multinacional.
Sobre o assunto, Luciana afirma que um bom primeiro passo é compreender seus stakeholders, os clientes, público interno, diretoria e demais relações da empresa. Paulo complementa, dizendo que algo relevante para pessoas de determinada região pode não ser para outras, evidenciando a importância do fator geográfico. Ele diz:
“A nossa capacidade de ter um RH estratégico em uma organização vai depender do quanto nós conhecemos do próprio negócio em si.”
Portanto, os especialistas reforçam que é preciso compreender a fundo sua própria empresa e seus clientes. O RH não deve seguir fórmulas prontas para fazer o planejamento e colocar em prática as ações. É preciso desenhá-las de forma personalizada com o que funciona para aquele contexto.
Comunicação – A peça fundamental de toda organização
Além desses pontos, ficou claro que o RH, líderes e gestores devem dar atenção reforçada para a comunicação e seus meios.
Afinal, não são apenas os profissionais de Recursos Humanos que devem ser os porta-vozes da diretoria e dos objetivos da empresa. Os líderes e gestores têm um papel imprescindível nessa função, pois eles estão em contato direto com a equipe.
Eles serão o reflexo, exemplo e catalisadores dos liderados. Sobre o assunto, Vânia ressalta a importância em capacitar as lideranças e investir em treinamento. Essas ações irão gerar engajamento e melhorar o entendimento tanto da equipe quanto da diretoria sobre resultados e necessidades da empresa.
Paulo complementa que, para os profissionais aderirem a alguma ferramenta ou cultura, o primeiro a incorporá-la deve ser o líder. Ainda sobre a importância da comunicação, o especialista afirma que é necessário estar em constante evolução, para conseguir atingir todos da equipe:
“O papel de liderança vai ser um divisor de águas. Algumas pessoas vão se adequar e vão continuar no mercado de trabalho prosperando e crescendo, e outros que vão ficar desatualizados e vão perder espaço.”
Ferramentas estratégicas
Outro assunto relevante que os especialistas trouxeram foi sobre o uso de ferramentas eficazes pelo RH.
Luciana deu o exemplo de um dashboard detalhado e rico com os indicadores da empresa, mas que não era usado pela diretoria. Então, ela teve que criar uma nova estratégia para passar essas informações.
Marcou reuniões individuais com cada um dos diretores, imprimiu as informações relevantes e as relatou pessoalmente. Isso fez com que eles compreendessem a importância desses indicadores e de usar o dashboard.
Ou seja, ela adaptou sua abordagem e usou outra ferramenta para atingir o mesmo objetivo. Com isso, afirma que é papel do RH (e dos líderes) observarem se as ações praticadas estão sendo eficazes.
Conclusão
Com base na experiência desses especialistas, são pontos fundamentais para um RH ser verdadeiramente estratégico: conhecimento pleno da empresa e seus stakeholders; comunicação clara e aberta; e personalização das ferramentas e estratégias com base no perfil interno.
Além disso, o primeiro painel do Employer Summit demonstrou que RH e lideranças devem andar juntas a fim de atingir os objetivos da organização e da diretoria.
Trouxemos os principais pontos de todo o conteúdo rico e esclarecedor que o painel trouxe para os profissionais da área. Você pode conferir ele na íntegra, acessando nosso palco virtual. Então, veja como foi o evento e aumente seu conhecimento sobre os Recursos Humanos.