A importância da governança em TI para grandes empresas
No universo cada vez mais conectado dos negócios, a segurança da informação e a eficiência de processos em TI são elementos de competitividade. Qual o papel da área no crescimento das empresas? Como trabalhar com governança responsável no setor? Veja neste artigo.
Nos últimos anos a área de TI passou por transformações significativas, que impactaram diretamente a gestão dos negócios. A área, que nos anos 80 e 90 era considerada uma espécie de “suporte” dentro das empresas, passou a ser fundamental para o ganho de competitividade. Com novas tecnologias à disposição do mercado e um cenário de concorrência acirrada, foi preciso adaptar grandes negócios às mudanças.
Neste artigo a Employer aborda pontos importantes da gestão de tecnologia da informação. Gestores e profissionais da área são cada vez mais exigidos. Conhecimento técnico, olhar em inovação e capacidade de gerir times são os principais requisitos para uma boa governança em TI. Entenda melhor a seguir.
Conceito de governança
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) é a referência para profissionais de gestão e governança. A entidade não tem fins lucrativos e conceitua o tema como “o sistema pelo qual sociedades e empresas são geridas, administradas e monitoradas, no que tange às relações profissionais entre acionistas, conselho administrativo, diretoria, conselho fiscal e auditorias independentes, visando aumentar o valor da sociedade, facilitar o acesso ao capital e garantir a longevidade da empresa”.
Governança aplicada ao TI
“Governança de TI é de responsabilidade dos executivos e da alta direção, consistindo em aspectos de liderança, estrutura organizacional e processos que garantam que a área de TI da organização suporte e aprimore os objetivos e as estratégias da organização”. Este é o conceito dado pelo Information Technology Governance Institute (ITGI). Na prática, representa a responsabilidade do setor sobre vários aspectos de gestão, que vão da segurança de dados às boas práticas de negócios, com trabalho pautado em valores como ética e transparência.
Desenvolver, implantar e gerenciar sistemas de tecnologia da informação é a missão que envolve gestores e profissionais de TI. Veja a seguir quais são as responsabilidades para se estabelecer e seguir uma boa política de governança.
Responsabilidades do time na governança em TI
Qual o papel do gestor de TI neste cenário? Além do domínio técnico e teórico sobre a área, delegar responsabilidades, dividir tarefas e gerir a própria equipe são elementos muito importantes. Há três pilares que norteiam a atuação do setor de tecnologia e informação diante das transformações dos negócios. Como trabalhar a governança para resultados positivos?
1. Com pensamento estratégico. É preciso desenvolver um plano de ação, com olhar atento ao mercado. Uma pesquisa sobre a concorrência também pode ajudar. O que as empresas têm feito para adaptar a TI com a velocidade que os negócios precisam? Quais são as principais tendências em gestão de tecnologia e informação que podem ser trazidas para o seu setor? Lembre-se que estratégia também passa pela previsão custos, que você entende melhor no tópico a seguir.
2. Com previsão de custos. Um bom planejamento financeiro é um dos primeiros passos para uma boa governança na área. E deve ser considerado investimento, não despesa. A melhor forma de prover a verba para a TI é analisar a infraestrutura atual da empresa e o que pode/precisa ser otimizado. Contemplar investimentos em hardware, software e capacitação de pessoal são pontos essenciais para alavancar o setor. Um bom gestor também deve ter a habilidade e prever resultados provenientes destes investimentos. Quais são os ganhos financeiros e os ganhos de tempo e competitividade?
3. Com segurança. Esta é uma das maiores preocupações de gestores e empresas quando o assunto é tecnologia da informação. A proteção dos dados, a confiabilidade das ferramentas e a atualização constante da infraestrutura são ainda mais importantes quando a segurança é trazida para o cenário do RH, por exemplo. Uma área que trata de dados sensíveis dos empregados, tais como remuneração, informações cadastrais, benefícios, entre outros. Por isso, considere que o planejamento financeiro (item 2) deve contemplar também um investimento periódico em criptografia, proteção e segurança de dados.
No Brasil, há uma legislação específica para tratar do assunto. O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) tem implantado algumas normas para regulamentar dispositivos de criptografia, já que são amplamente utilizados por empresas. O ITI entende que garantir a segurança de dados nos negócios é fundamental para a sustentabilidade das instituições públicas, privadas e da sociedade na era digital.
Boa parte das grandes empresas já trabalha com departamentos de TI sólidos e estruturados. No entanto, os desafios não param. Afinal, a era digital trouxe velocidade às informações e exige jogo de cintura aos gestores que buscam estar à frente da concorrência.
Sua empresa trabalha com uma boa governança em TI? Aproveite o espaço de comentários para trocar experiências com outros colegas de gestão da área.
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