Densidade de talentos: vale a pena aplicar?
Um dos maiores objetivos da gestão de pessoas é estruturar um ambiente de trabalho agradável, com profissionais motivados que continuem a se desenvolver, atinjam os objetivos estratégicos e contribuam no crescimento empresarial. Existem muitos desafios na jornada para alcançar esse objetivo e, consequentemente, foram criados muitos métodos para facilitar o processo. “Densidade de talentos: vale a pena aplicar”
Entre eles, um recurso que ganhou bastante popularidade quando se trata de contratações, principalmente nos últimos anos, é a Densidade de Talentos. O conceito se difundiu amplamente após a publicação do livro “A regra é não ter regras”, escrito pelo CEO da Netflix Reed Hastings. Nele, o autor explica a metodologia e outros passos para o sucesso da empresa.
Nesse texto, vamos explorar um pouco o que é a densidade de talentos e se vale a pena aplicá-la. Primeiramente, é preciso entender melhor o que é o método.
O que é densidade de talentos?
Densidade de talentos é o nome dado a uma estratégia de seleção de profissionais que visa equipes de alta performance. A premissa é simples: talento atrai talento. Ou seja, ao invés de contratar um maior número de profissionais medianos, invista em profissionais excepcionais, pois estes vão impulsionar os demais a aumentar seus resultados positivos e se desenvolver.
Isso significa que é preciso olhar para além dos títulos, currículos e experiências anteriores. É necessário atenção redobrada ao comportamento dos indivíduos durante as entrevistas e dinâmicas, escolher aqueles que mais impressionam nas ideias, na fala e na capacidade de aprendizado que demonstram.
Muitos profissionais acreditam que o método “antiquado” de apenas analisar uma página para decidir quem irá entrar na empresa deixa passar pessoas que, mesmo sem currículos impressionantes, podem ser incríveis para aquela vaga.
Grande parte desse processo é deixar os colaboradores trabalharem e fazer um acompanhamento próximo e contínuo. Segundo os idealizadores, os talentos sabem o que fazer e irão brilhar muito mais se tiverem autonomia no local de trabalho. É claro, isso não quer dizer se livrar de todas as regras, mas sim criar um ambiente flexível onde todos se sentem livres para compartilhar pensamentos, ideias, e para colocar a mão na massa.
É importante se atentar também à diversidade dos times. Procurar profissionais diferentes na personalidade e habilidades é essencial, pois um time que pensa diferente, ao trabalhar junto, tem um potencial enorme para ideias inovadoras.
Com um time diferenciado, repleto de talentos, a tendência é que cada vez mais profissionais excepcionais sejam atraídos para a empresa. É o básico da densidade de talentos, como já citamos anteriormente: talentos atraem outros talentos. O bom desempenho contagia os outros.
Vale a pena aplicar a densidade de talentos?
A metodologia é diferente e interessante. Porém, será que vale a pena aplicá-la na sua empresa? Vejamos: a Netflix é uma empresa moderna, com uma cultura direcionada para o ágil e para alta performance. Isso faz sentido para a empresa e para o mercado em que estão inseridos.
É importante entender que novos métodos devem ser acompanhados de novas tecnologias, novas ideias, novas mentalidades. Não é possível alterar radicalmente o modelo de recrutamento do RH quando todas as outras partes não acompanham a mesma linha de ação.
Por isso, é preciso prestar atenção em alguns ajustes que vão auxiliar o aumento da produtividade das equipes, como por exemplo, aderir à sistemas online, automação de processos, etc. Além disso, como a densidade de talentos implica um regime de trabalho mais flexível e com menos regras, também é preciso analisar a cultura e o clima organizacional da empresa. Instituições com rotinas muito rígidas podem apresentar maior resistência.
Experimentar novos métodos de recrutamento, de processo seletivo e novas dinâmicas dentro do ambiente empresarial pode trazer inovações e resultados positivos que não seriam possíveis através de metodologias tradicionais. Lembre-se de manter os profissionais capacitados e, caso esse método não funcione, não desista. Existem muitas outras estratégias para diminuir o turnover, atrair talentos e desenvolver equipes de alta performance.
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