7 passos para desenvolver a inteligência emocional e a resiliência
Como você costuma se comportar em situações de pressão? Seja no trabalho ou na vida pessoal é comum passar por momentos difíceis, que nem sempre estão de acordo com nossos objetivos. Mas quando algo não acontece do jeito que você previa, qual é a sua reação? Vamos abordar os conceitos de inteligência emocional e resiliência e dar dicas de como colocá-los em prática.
Vivemos um momento de constante evolução. Informações e novidades surgem a cada instante e é preciso estar preparado para lidar com mudanças. No trabalho, nem sempre elas fazem parte dos seus planos. Às vezes será necessário trabalhar com pessoas com as quais você não se identifica, seguir algumas regras às quais não estava acostumado.
É por questões como estas que a competência técnica já não é o bastante para se manter em um bom emprego. Existem dois ingredientes essenciais para que uma carreira profissional deslanche e traga bons frutos: inteligência emocional e resiliência. Não sabe o que significam? Vamos entender melhor.
O que você precisa saber sobre resiliência
A resiliência nada mais é do que a capacidade de manter o equilíbrio emocional frente a diversos acontecimentos da vida. Esse termo vem da Física e foi criado, em 1807, por Thomaz Young, um cientista inglês que realizava estudos sobre a elasticidade dos materiais. Ele comprovou a capacidade que certos objetos têm de retornar ao estado natural após a realização de alguns esforços.
Por exemplo: um elástico sempre vai voltar ao seu tamanho natural quando for esticado. O material vai sofrer alterações no tamanho ao ser esticado, mas vai voltar ao estado inicial assim que o estímulo acabar.
Mas o que isso tem a ver com o comportamento humano? A resposta é simples. Como já falamos no início do texto, nós sempre passaremos por situações de pressão e por obstáculos difíceis e precisaremos ter uma capacidade de reação muito bem estruturada. A nossa resistência será cada vez mais testada e isso nos cobra muita atenção. É aí que entra a resiliência, o poder de superação, de adaptar-se à realidade.
Este assunto tem sido cada vez mais pauta no mundo corporativo exatamente pelo fato de as pessoas se encontrarem em momentos de adversidades o tempo todo.
E a inteligência emocional, o que é?
O conceito foi criado pelo psicólogo americano Daniel Goleman. É a habilidade de reconhecer e lidar com sentimentos, tanto os seus quanto o das pessoas com quem convive. Assim como é possível absorver conhecimentos em diversas áreas para adquirir novas habilidades, saber absorver as emoções e dar a elas o tratamento adequado é o que nos dá inteligência emocional. É uma habilidade que não está relacionada diretamente com o nosso lado intelectual, tem muito mais a ver com emoção – mas saber usá-la nos torna emocionalmente aptos para o convívio social frente às mais diversas situações.
Por isso que o equilíbrio e a inteligência emocional têm sido fatores que contribuem – e muito – com o crescimento do colaborador no ambiente profissional. Um empregado resiliente, ou seja, aquele que controla as situações adversas que surgem pelo caminho consegue crescer mais e, consequentemente, é visto como uma pessoa confiável. A falta de equilíbrio coloca o emprego e as relações profissionais em risco. As pessoas que conseguem ser resilientes e aplicar a inteligência emocional no dia a dia conseguem não só lidar com a pressão, mas tirar proveito dela na tomada de decisões.
Você não nasce com estas habilidades, mas pode desenvolvê-las
Você deve estar pensando: “eu não sou nada resiliente então creio que nunca crescerei na empresa”. É aí que está o “X” da questão. Resiliência é algo que se aprende, ou seja, você não nasce com ela. Se você pode se adaptar a algumas situações da vida então você pode ser resiliente.
Esse é um conselho que se dá principalmente aos colaboradores mais jovens, aqueles que fazem parte das gerações “X, Y, Z” e afins. Muitos deles vêm de uma nova realidade que não responde mais a um modelo engessado de gestão. Por terem mais informações sobre tudo e estarem conectados com outras realidades o tempo todo, esses empregados questionam mais, mostram-se mais e querem se destacar cada vez mais. É exatamente aqui que começa o desenvolvimento da resiliência e da inteligência emocional.
Pensar duas vezes antes de tomar uma decisão. Ser empático com um colega que pensa diferente. Receber e absorver feedbacks de forma justa. Estas são algumas práticas que levam ao desenvolvimento destas habilidades emocionais.
Como desenvolver a inteligência emocional e a resiliência?
Reunimos aqui 7 passos para que você consiga colocar estes conceitos em prática e possa desenvolvê-los no seu dia a dia.
1 – Acredite na sua capacidade de executar ações que tragam bons resultados. Isso te dará uma força a mais na hora de iniciar uma nova tarefa. Autoconfiança é essencial.
2 – Quando estiver muito estressado, busque ajuda. Mesmo que esse auxílio seja externo, é importante que você se mexa para não “estourar” na empresa. Seu hobby pode ser seu maior aliado neste momento.
3 – Se coloque no lugar do outro e veja qual seria a sua reação frente a uma situação complicada. Isso ajuda – e muito – na resolução de problemas e tomada de decisões.
4 – Seja flexível e não tome as coisas como definitivas. Na adversidade e em outros pontos de vista que você conseguirá ver o outro lado das situações e conseguir escolher qual a melhor e mais adequada para seu momento.
5 – Aguente situações adversas e não desista. Pessoas resilientes sabem separar o “eu gosto” do “eu preciso” na execução das tarefas.
6 – Regule e controle suas emoções. Elas não podem estar presentes na tomada das principais decisões no seu dia a dia. Guarde-as para você e não deixe que elas interfiram na sua produtividade.
7 – Seja otimista e encare os desafios como algo positivo. O resultado será surpreendente.
“A resiliência é um fator crítico para enfrentar os desafios desta primeira metade do século”. Paulo Yazigi Sabbag, professor do curso de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV)
“Inteligência emocional é a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros.” (Salovey & Mayer, 2000)
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